Década de 1960, Brasil. O registro da vida dentro do quilombo Olho d'Água da Serra do Talhado, em Santana do Sabugi, no estado da Paraíba, nordeste do Brasil, onde (sobre)vivem diversas famílias em situações e condições primitivas, uma vez que este quilombo está oficial e institucionalmente isolado do resto do território brasileiro.
Em razão do golpe militar, as filmagens foram interrompidas em 1964. O engenho da Galileia foi cercado por forças policiais. Parte da equipe foi presa sob a alegação de "comunismo", e o restante dispersou-se.
O trabalho foi retomado 17 anos depois, recolhendo-se depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elizabeth Altino Teixeira, que desde dezembro de 1964 vivera na clandestinidade, separada dos filhos. Reconstruiu-se assim a história de João Pedro e das Ligas camponesas de Galiléia e de Sapé.[2]
Estamira Gomes de Sousa (Estamira), conhecida por protagonizar documentário homônimo, foi uma senhora que apresentava distúrbios mentais, vivia e trabalhava (à época da produção do filme) no aterro sanitário de Jardim Gramacho, local que recebe os resíduosproduzidos na cidade do Rio de Janeiro. Tornou-se famosa pelo seu discurso filosófico, uma mistura de extrema lucidez e loucura, que abrangia temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões existenciais acerca de si mesma e da sociedade dos homens. "Ela acreditava ter a missão de trazer os princípios éticos básicos para as pessoas que viviam fora do lixo onde ela viveu por 22 anos. Para ela, o verdadeiro lixo são os valores falidos em que vive a sociedade", comentou Marcos Prado, diretor do filme. O documentário "Estamira" teve repercussão internacional, angariando muitos prêmios e o reconhecimento da crítica.
Estamira, que sofria de diabetes, morreu aos 70 anos por consequência de uma septicemia,[1] ela foi internada no dia 26 de setembro por causa de uma infecção no braço, após dois dias no aguardo de atendimento no corredor do hospital, o quadro avançou para uma infecção generalizada, o qual ela não resistiu, ela faleceu no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 2011. Marcos Prado, diretor do documentário que retratou parte de sua vida cotidiana, lançou uma nota de pesar e lamentou o descaso que ele e Ernani, filho de Estamira, dizem ter sofrido Estamira, na nota entre outras Marcos Prado relata "Estamira ficou invisível pela falência e deficiência de nossas instituições públicas! Morreu depois de ficar dois dias esperando por atendimento nos corredores da morte do nosso maravilhoso serviço público de saúde do Miguel Couto. Ela estava com uma grave infecção no braço, mas foi tardiamente atendida. Obrigado meus políticos de Brasília, do Rio de Janeiro, que roubam nosso dinheiro e enfiam sei lá onde".[2]
O documentário é todo filmado em preto e branco, mostrando o cotidiano dos pacientes internados no Hospital Colônia de Barbacena.[1]. O documentário mostra relatos de pacientes sobre a realidade no Hospital, possui como técnica cinematográfica o documentário denúncia, que evidencia, através da edição de depoimentos uma determinada realidade social. O filme foi recebido pela crítica à época como uma contribuição àquilo que surgiu posteriormente como Movimento de Luta AntiManicomial. De acordo com a psicóloga Maria Estela Brandão Goulart o documentário fez história na luta contra os manicômios e todas as formas de violência no Brasil de 1979 que ressurgia da opressão e censura característicos do período da ditadura militar. Trata-se de um marco histórico da Reforma Psiquiátrica Brasileira, mas tem ainda hoje muito a dizer e poderia sob diversos ângulos encontrar sua atualidade no nosso cenário[2].
Setembro de 2008, nos becos escuros das favelas cariocas: Homem Aranha, 28 anos, chefe do tráfico da Coréia, faz a ronda do seu domínio sem poupar críticas à corrupção da polícia e a mídia sensacionalista; o delegado Leonardo Torres, policial marombado da Delegacia de Repressão aos Narcóticos, avança agachado ao invadir o Complexo do Alemão no meio de um tiroteio; Pastor Dione tenta evangelizar almas perdidas enquanto negocia a paz entre grupos rivais como mediador. Sem disfarçar identidades, o documentário penetra num conflito que gera uma das taxas de mortandade mais elevadas do mundo.
Este documentário lançado em 2016 - dirigido por Daniela Arbex e Armando Mendz e baseado no livro homônimo de Daniela Arbex - mostra o genocídio que aconteceu no Hospital Colônia em Barbacena (MG) enquanto discute questões atinentes ao papel dos manicômios.
"Dentre todas as violências possíveis, a omissão talvez seja a forma mais perturbadora, porque é silenciosa e permite que os estragos perdurem por anos. Só a omissão foi capaz de permitir que 60 mil brasileiros morressem dentro do Hospital Colônia, em Barbacena (MG). Um genocídio no maior hospício do Brasil.
A história transformada em memória mostra os horrores de experiências recentes de segregação, como o Apartheid e o Holocausto. Um ser humano definindo o direito de vida de outro ser humano. Milhões de vítimas e um legado de perplexidade permanente: Do que somos capazes de fazer quando temos poder?
Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas." Revista EXAME
Nos anos 60, havia um grupo de rock em Campina Grande-PB chamado As Brasas formado só por garotas. Uma dessas meninas era a baterista Elba Ramalho. O grupo foi formado pelas estudantes no Estadual da Prata e fez certo sucesso na cidade. A gravação a seguir é de 1967 e trata-se de um conjunto feminino de rock, mas não sei se é o mesmo grupo no qual Elba Ramalho participava.
Um dos coletivos/grupos mais interessantes do Brasil surgido na cidade de João Pessoa-PB.
Tribo Ethnos é um movimento musical-filosófico que se iniciou em 1990, em João Pessoa, como um grupo que almejava fazer arte se utilizando de diversas linguagens artísticas com ênfase na música e dança, tendo como pensamento principal uma arte que defenda o humanismo.
A priori suas influências foram marcadas pelo hip hop, rock, world music e new age. No decorrer de 20 anos, a Tribo passou a adotar e respeitar todos os estilos, fazendo experimentos musicais, visuais, gestuais e adotando outras formas de fazer arte. Hoje fazem parte desse grupo músicos, poetas, escritores, dançarinos, artistas plásticos, atores, filósofos e cientistas.
O grupo tem como expressões principais a música e a dança, mas também se utilizam de outras linguagens artísticas, como literatura, fotografia, artes gráficas e artes plásticas, moda (indumentária e figurino), quadrinhos etc. Utilizam-se tanto de elementos populares como eruditos, assim como elementos da cultura de outros países e de várias regiões do Brasil.
"Tá sentindo cheiro de queimado?", de Everaldo Pontes e Bertrand Lira [JP, 18min, doc, 1988] curta em vídeo.
O documentário traça um painel da cena embrionária do punk rock e do metal paraibano que já mostra indícios do que viria a ser a explosão do rock na década de 90. parte 01
Com imagens de arquivo, filmadas por Vladimir Carvalho desde o fim dos anos 1970, o documentário encerra uma trilogia sobre a construção cultural e ideológica da capital federal.
Traz as bandas de Brasília Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude que fizeram a trajetória clássica do herói: vencer empecilhos e ir atrás de um grande desafio que era a conquista de um lugar na cultural nacional.
Importante relato sobre os primeiros anos do Punk em Brasília!
Documentário sobre a região sertaneja do Rio do Peixe (localizada no polígono nordestino da seca, região fronteiriça entre Paraíba, Pernambuco e Ceará) e a evolução de suas atividades econômicas. Inspirado no título de um cordel do conhecido autor paraibano Manoel Camilo dos Santos, O País de São Saruê é um filme denso sobre a relação do homem e a terra.
As imagens realistas e as dificuldades da sobrevivência no sertão surgem de modo particularmente forte na tela.
Finalizado em 1971, foi proibido e liberado pelos órgãos de censura apenas em 1979. Selecionado para o Festival de Brasília no mesmo ano, recebeu o Prêmio Especial do Júri.
Abaixo, todo o poema Viagem a São Saruê (194?), do poeta popular Manuel Camilo dos Santos, é cantado-declamado-aboiado por Edilson Dias Fernandes em 1997!
Documentário sobre a história do início do movimento operário, liderado pelos anarquistas.
Mostra a transformação dos imigrantes nos primeiros operários urbanos e faz uma crônica das greves mais importantes, dos sucessos e derrotas do movimento, desde o fim do século passado até 1922.
O filme resgata a história da força anarquista na luta operária e seu papel na criação deste movimento.
Documentário sobre o Movimento Punk de Fortaleza no final da década de 80. Lembrando que muitos depoimentos e bandas estão faltando devido o período, pois o mesmo foi iniciado no começo da década. Vale ressaltar que esse vídeo não possui nenhum vínculo lucrativo. Está postado para que a memória desse movimento e de seus participantes não fique no esquecimento. Todo crédito não é desse canal e sim do autor do documentário. PARTE 1
O movimento Skinhead nasceu na segunda metade da década de 1960 na Inglaterra. Tiveram origem em movimentos anteriores: os Teddy Boys, os Hooligans e os Rude Boys jamaicanos.
Ainda na década de 1960, muitos imigrantes afrocaribenhos, árabes, chineses e, principalmente, paquistaneses se mudaram para a Inglaterra nesse período.
Com relação aos negros jamaicanos, havia muita simpatia dos skins com os Rude Boys jamaicanos. Tanta que o ska passou a ser a música predileta dos Skinheads ingleses.
Pubs e os bares londrinos viviam lotados de skinheads ingleses e rude boys jamaicanos cantando, dançando e brigando ao som do som da Ilha.
O sucesso era tanto que músicos e bandas jamaicanos passaram a ter como principal público/mercado o público skinhead.
Porém, nem tudo era simpatia e diversão.
O ódio também rondava as ruas de Londres e os imigrantes paquistaneses eram o principal alvo desse ódio.
O Pakibashing,algo como Caçar-Paquistaneses, era uma prática que consistia na depredação de residências, "arrastões" em lojas comerciais e espancamento de imigrantes paquistaneses.
E tudo isso antes da massiva filiação de skinheads aos grupos ultradireitistas ingleses nos finais dos anos 70 e início dos 80.
A reportagem abaixo foi feita em 1970 por uma televisão francesa. Esse registro histórico mostra depoimentos de skins sobre a imigração contra os paquistaneses.
Clássico absoluto do mestre do STAND UP COMEDY! Diga as pessoas que existe um homem invisivel no céu e elas vao acreditar.
Agora fale q a tinta esta fresca e elas terão q toca-la para confirmar. George Carlin
Pavlos Fyssas (1979-2013), mais conhecido como KILLAH P, foi um rapper grego antifascista morto à facadas em Atenas. O assassino era um membro do partido ultradireitista grego AURORA DOURADA. Um grupo de duas dezenas de neonazis atacou um grupo de pessoas em que Pavlo estava na cidade de Atenas. Fyssas e os três amigos que o acompanhavam conseguiram fugir rua abaixo, mas um automóvel alcançou o grupo. Segundo a imprensa grega à época, o condutor do carro, de 45 anos, foi quem desferiu os golpes mortais em Pavlos Fyssas. Detido pouco depois na posse da arma do crime, terá sido identificado como membro da Aurora Dourada.
Fúria e Ódio coletânea em k7 que foi lançado pelo selo Lokaos e fanzine Buracaju(SE). Trata-se da primeira Coletânea Punk com bandas do Norte e Nordeste.