O presente artigo é resultado de uma pesquisa desenvolvida no decorrer do ano de 2007 na cidade de Goiânia, com o objetivo de estudar os territórios punks existentes na cidade. A escolha de um grupo que é marginalizado pela sociedade em que estão inseridos pode causar estranhamento, mas trata-se de uma cultura juvenil que tem uma proposta de ação interessante dentro da sociedade em que estão inseridos o “faça você mesmo”, ou seja, não esperem e não dependam de ninguém para fazer algo pela e na cena.
Assim, para atingir o objetivo o conceito de território e territorialidade pareceu mais adequado, pois a sua dominação está relacionada com o exercício do poder, o qual o “nós” e os “outros” são bem estabelecidos e delimitados. E isto pode ser comprovado através de olhares que são direcionados a quem não participa da cena. Assim, a cidade de Goiânia tem atualmente dois espaços que ao serem apropriados por indivíduos punks, acabam se transformando, mesmo que momentaneamente, em seus territórios: a Hocus Pocus, uma loja, e o Capim Pub. Nestes locais o punk ainda resiste.
São territórios sem temporalidade definida, que são demarcados somente quando os punks estão nestes locais. É através desta não determinação de regras, com nada fixo ou bem definido, que permite a sua sobrevivência na cidade.
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