O grupo resolveu deixá-la mais palatável, criando o Vzyadoq Moe e era formado por meninos com idade entre 15 e 17 anos: Fausto Marthe (voz e letras); Marcelo Raymond (guitarra), Marcos Stefafeni "Peroba" (bateria e percussão), Edgard Degas (baixo) e Jacksan Moreira (guitarra).
O som do Moe era derivativo, por vezes, de baluartes dos anos 70 e 80, como o Pere Ubu, Joy Division, PiL, e bandas industriais, como o alemão Einstürzende Neubauten. A bateria era formada por latas, pedaços de metal, chapas de zinco, e produziam um som hipnótico e perto do violento. As composições eram feitas de maneiras livres: "'Não existe lei. Às vezes o baixo faz a linha da guitarra, a guitarra marca o ritmo e a bateria define a melodia", falava Marcelo "Peroba", dono da garagem onde rolaram os primeiros ensaios.
O grupo impressionava ao vivo pela violência e carisma em cima do palco, além do som incomum por esses lados. Seduzido por isso, o selo independente Wop-Bop ofereceu-lhes um contrato para a produção de um LP próprio. O produtor escolhido era o jornalista José Augusto Lemos, músico independente do grupo Chance.
Em 1988 é lançado O Ápice, disco que chamou a atenção de críticos no Brasil e no exterior, embora a produção não tenha sido das mais primorosas, tecnicamente falando. René Ferri, um dos sócios e dono da Wop-Bop, lembra dos problemas:
"O disco do Vzyadoq Moe nos deu a idéia completa do que é editar um retumbante fracasso. A gravação se deu no velho e superadíssimo Estúdio Eldorado, sei lá por que motivo. Acho que os músicos não levaram muito a sério o trabalho. A banda devia ser um brinquedo para eles. O corte do disco na RCA saiu ruim e ninguém percebeu ou fez que não percebeu. Conseguimos vender menos de 300 cópias. Foi o disco que mais divulgamos e o que menos deu retorno. Um fracasso completo."
FONTE: http://www.beatrix.pro.br/mofo/vzyadoq.htm
FONTE: http://www.beatrix.pro.br/mofo/vzyadoq.htm
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