Na noite deste sábado (10), dois jovens com características skinheads foram presos, no Centro de JoãoPessoa por racismo, desacato e tentativa de homicídio. Eles chamaram um mecânico e um policial de “negros nojentos”.
O mecânico Luciano Balbino dos Santos, de 31 anos estava na avenida 13 de maio em frente a loja Magazine Luiza, quando os irmãos Michel Lima de Souza e Marcelo Lima de Souza cuspiram na cara do mecânico que ao tomar satisfação foi chamado de negro.
Um dos irmãos puxou um punhal e correu na tentativa de matar o mecânico. Ele só não morreu porque o soldado Frederico do 5º batalhão da PM passava pelo local e prestou socorro à vítima e prendeu os acusados.
A dupla ainda reagiu à prisão e foi encaminhada para 1ª Delegacia de Cruz das Armas pelo delegado Roberto Jorge, que os liberam após pagarem fiança.
Pelas características este pode ser o primeiro caso de Skinhead no Estado da Paraíba.
Durante o encontro dos AMIGOS DA TORÁ feita pelos judeus de Campina Grande-PB em 2009, alguns pacíficos manifestantes a favor da causa Palestina e contra a propaganda Sionista do evento foram acusados e "transformados" em neonazistas e carecas por se posicionarem contra a política fascista de Israel. O próprio líder depois divulgou mais 3 versões sobre o ocorrido. FREE PALESTINE!
A VINACC é uma organização religiosa de visão cristocêntrica e preconceituosa, combatendo e perseguindo qualquer manifestação religiosa e de gênero fora do modelo HETERO-CRISTÃO-OCIDENTAL. Essa organização promove o ENCONTRO PARA A CONSCIÊNCIA CRISTÃ patrocinado por igrejas evangélicas e empresas da cidade de Campina Grande-PB.
Joacy Jamys foi um cartunista, fanzineiro, ativista cultural e escritor carioca radicado desde os 14 no Maranhão.
Como vocalista participou de inúmeras bandas da cena maranhense dentre elas a ESTRAGO e a ÚLTIMA MARCHA nos anos 90. Dentre essas habilidades ficou mais conhecido, não só no meio underground,por seus cartuns e HQ's. Estes últimos muito requisitados por muitos fanzines do país.
Trabalhou como Designer, traduziu obras, escreveu, editou e colaborou com fanzines nos fins dos anos 80 e na década de 90.
Morreu em 2006, vítima de um AVC, na capital São Luiz-MA.
Carta do artista Joacy Jamys quando jovem
"Nesta ilha, março de 1999.
E aí, rapaz?
Apresento-me: Joacy Jamys, cartunista, quadrinhista (aquele que desenha quadrinhos), vocal da banda punk ESTRAGO, ativista anarquista-punk, poeta e etc... inquieto, é a verdade. Acho que você já leu algum trabalho meu ou pelo menos, ter visto alguma coisa dos punks pela city. Também sou diagramador do sindicato dos urbanitários (às vezes diagramava o PINGA FOGO).
Sou leitor do FOLHA DE GAIA há tempos e sempre interessei-me em participar com qualquer material. Já que soube que você, Matias, possui uma certa ligação anarquista e isto é bom. É o que disseram-me. Na verdade, não conheço anarquistas aqui em São Luís afora os punks e alguns universitários de embalo.
Não considero anarquistas universitários em sua maioria.
São academicistas.
São muito bonitinhos.
Pena, perdi o debate com o Roberto Freire. Li a entrevista no GAIA.
É o seguinte: gostaria de manter um contato pessoalmente contigo, para conhecer melhor o pessoal de São Luís, pois eu sou editor também. Trabalho com imprensa alternativa há seis anos, publicando duas revistas de quadrinhos, LEGENDA e SINGULARPLURAL ( que virará revista de mercado futuramente) e as de música SOCIEDADE DOS MUTILADOS (sairá o número 03 agora) e GRITO PUNK ZINE? (anarquia). Tenho muito contato com todo tipo de gente no país e no exterior, onde publico há um ano na Europa no circuito under. Desde poetas, grupos anarquistas ou não, artistas gráficos, escritores, trovadores, leitores comuns, bandas, rádios piratas, jornais, fanzines... além de ter uma extensa b iblioteca de publicações undergrounds...
Sou um dos fundadores do grupo anarquista MAP/MA (Mov. Anarco-punk do Maranhão), onde reúne alguns punks do extinto MPS e ligado aos vários MAP's da nossa federação. Somos um grupo pequeno, mas conhecidos e mesmo um tanto parados, estamos organizando ações diretas, principalmente para o 1. de maio - que somos extremamente contra a comemoração. Sempre nos reunimos às sextas-feiras, a partir das 19h na Praça Deodoro (ao lado da entrada do SESC, defronte ao Rosa Castro).
O meu interesse com o folha é a publicação de material anárquico ou mesmo, divulgação de nosso ideal, que é o de conscientização e busca da verdade. Já que não adotamos partidarismos, as pessoas mesmo que se dizem "anarquistas", vão ter surpresas com os punks, queimados pela imagem de marginais que o Sistema sempre prega - na verdade, os poetas urbanos que lutam por uma vida melhor, pela igualdade e pela vida.
Também posso participar com alguns cartuns.
Vou terminar. Acha que escrevi muito?
Abraço, Joacy Jamys "
Banda alternativa da cidade de Esperança-PB. BUENÍSSIMA. *** Banda alternativa de Esperanza, ciudad ubicada en el estado de Paraiba. *** Alternative Band from Esperança, a city in the state of Paraiba.
Um dos fatos mais comentados nos meios punks, libertários e undergrounds, principalmente os das cenas situadas no Nordeste, é o caso Morcego e Dinho, vocalista e baixista da banda Bosta Rala, que foram assassinados em 1996? pela polícia militar da Bahia.
Segundo a versão mais divulgada, os dois foram mortos devido ao conteúdo de suas letras, diretas e debochadas, que tinham como alvo o Estado, a Polícia,a mídia, o Ganguismo e outras manifestações fascistas e microfascistas.
Uma dessas letras, a famosa e perigosa IDIOTA, teria irritado profundamente a corporação estatal dedicada a ordem e a defesa dos cidadãos comuns.
Capturados, os dois teriam sido levados a um local distante e assassinados com requintes de crueldade. Embora nada tenha sido "provado" não duvido nenhum pouco que isso tenha realmente acontecido.
Há alguns anos atrás durante a apresentação de bandas no ENCONTRO PARA NOVA CONSCIÊNCIA, evento ecumênico que ocorre anualmente na cidade de Campina Grande-PB, uma banda que iria tocar IDIOTA foi "gentilmente aconselhada" a não tocar a famigerada música, sob a ameaça de prisão, na mais otimistas das hipóteses.
Acredito que o problema não está na letra. Está numa sociedade que afirma que "é livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença."
O imigrante nordestino vez por outra é tratado/representado como o elemento culpado pelos males sociais e econômicos deste país.O termo "Paraíba", "Bahiano" e "capiau", por exemplo, são denominações de origem racista / xenofóbica aplicadas as pessoas vindas do "norte" e as pessoas com um determinado tipo físico, cor de pele e jeito de falar.
Não apenas no sul e sudeste se usam esses termos. Na região nordeste também são utilizados. Aqui, na Paraíba, você é chamado de paraíba/cearense por seu biotipo: cabeça grande, rosto largo, baixa estatura etc. Em Pernambuco muitos usam os termos para tratar as pessoas daqui que vão para lá. Nesse caso, o sentimento bairrista e o orgulho pernambucano falam mais alto.
Enfim. Posto agora 3 músicas/vídeos onde os imigrantes são representados de forma negativa, principalmente por pessoas de posturas conservadoras e fascistas.
01 - POBRE PAULISTA - IRA!
Composição de Edgard Scandurra. Hino para os que defendem o Orgulho Paulista, a letra foi composta durante a fase "SP é meu país" do guitarrista. Até hoje, Edgard nega que a letra seja xenofóbica. Mas de acordo com NASI:
Essa música é de antes do Ira!. O Edgard fez quando era Subúrbio ainda, quando eu conheci ele no colégio. Eu olhava essa música e tinha uma outra leitura sobre ela. Eu achava que era sobre rebeldia juvenil, sobre a opressão... Quando nosso clima estava ruim, eu estava num bar com minha ex-namorada e um casal de amigos, depois de um show do Acústico MTV. Apareceu o Edgard bem na hora que o meu amigo estava falando sobre “Pobre paulista”. O Edgard senta na mesa e diz assim: “Olha, não é nada disso, não tem nada dessa história de rebeldia juvenil. Realmente é um preconceito contra a invasão de nordestinos, era o que eu estava pensando na época e foi isso o que eu quis dizer mesmo, eu não agüentava essa coisa de música baiana, de Caetano, de Gil”. Na hora, esse foi mais um dos insights que eu tive. Puta que o pariu, defendi durante anos essa letra, carreguei essa cruz. Agora, naquele dia, eu saí de lá falando assim “eu nunca mais canto essa música”.
E toda ilusão se acabaNão é o bem, nem o malÉ apenas indiferençaÉ apenas ódio mortal
Não quero ver mais os ignorantesEu quero ver gente da minha terraEu quero ver gente do meu sangue
Pobre paulista, Oh, OhPobre São Paulo,Pobre paulista, Oh, Oh (Repete desde início)
Eu sei que vivo em louca utopia Mas tudo vai cair na realidade Pois sinto que as coisas vão surgindoÉ só um tempo pra se rebelar
02- NADA - OLHO SECO.
Banda paulista da primeira onda do punk brasileiro. No trecho Você deveria proibir a migração do povãonão restam dúvidas de quem estão falando.
...
Não se pode mais andar pelas ruas de São Paulo
Vivo esbarrando nesse panos da calçada!
E Você o que vocês estão fazendo sentados atrás dessa mesa?
E Você o que vocês estão fazendo sentados atrás dessa mesa?
Nada, nada, nada, nada...
Nada, nada, nada, nada...
Você deveria proibir a migração do povão
A praça princesa isabel já virou clube de camping
03- MIGRAÇÃO - BRIGADA N.S
A Banda Brigada NS é a mais conhecida banda nazista do Brasil. Nessa letra, chamam os nordestinos de grande peste e imundos. É a letra mais racista e imunda que já ouvi na vida. ...
Dia após dia, migrando o nordeste,
centenas de imundos que são uma grande peste. Nossa histórica cultura,
está sendo esquecida,
nosso povo se mistura
com essa espécie apodrecida...
Nãaaaaaooooooooooooooo!!!!!
Não, migração!!!
São paulo está ficando pequeno demais...
Amo são paulo, quero viver em paz!!!
Migração diária polui o nosso estado, Tenho de lutar, não vou ficar parado..
Música" Anarquia", do primeiro disco de rock psicodélico de Ronnie Von, em 1968. Música composta por Arnaldo Saccomani. Notem no início dela o diálogo, que, subliminarmente, tinha uma mensagem contra o período em que o Brasil estava passando (Ditadura Militar) e, também, a insatisfação de Ronnie com o que pediam pra ele cantar até antes dá clássica fase psicodélica. Depois, é só ouvir bem o restante para entender bem as outras mensagens subliminares. É um disco atemporal com toques altamente tropicalistas.
VÍDEO DA MÚSICA "PUNK ATITUDE" DA BANDA MARANHENSE ESTRAGO. ESTRAGO foi formada em Outubro de 1990 em São Luis do Maranhão, e contava com: Joacy Jamys (Vc), Mad Butcher (Gt), Assis (Bx) e Antigo (Bt), levando um punk-hc trabalhado procurando originalidade sejam em suas músicas ou nas letras. Lançaram uma demo-reh "Podre Realidade" em 1991 e participaram da coletanea "Gritos do Submundo" e outras, mostrando sinceridade e preocupação em suas produções, pregando sempre a anarquia.
Faixa Extraida da demo-tape "Podre Realidade" de 1991.
Já nos primeiros registros fonográficos do Brasil, na década de 1900, a corrupção dos políticos era tema de música. Aqui temos um desafio entre Bahiano e Cadete, artistas da primeira gravadora do Brasil, a Casa Edison. Nessa música temos a representação de uma tentativa de troca de votos. Perfeita sátira dos tempos dos antigos "coroné".
CABALA ELEITORAL
Desejo, prezado amigo Com grande satisfação De ter o vosso votinho Na próxima eleição
Não posso, meu coroné, O (voto) de graça eu não dou É breve lição do meu pai Conselho do meu avô
Eu prometo meu amigo De lhe dar colocação Se vancê votar comigo Ao menos nesta eleição
Tem algo (?) essa paciência, Meu ladino coroné, Meu voto eu dou de espontâneo A quem quer que me faça o pé
Eu vos dou terno de roupa Dou cavalo, dou terneiro Em troca do vosso voto Dou até mesmo dinheiro
Já tenho calo na sola Meu ladino coroné, Hoje você me dá tudo Amanhã me mete o pé
Eu vos quero muito bem Meu caro eleitor amigo Não seja tão emperrado Venha cá votar comigo
Vai armar pra quem quiser, Coroné, sua arapuca Eu cá sou macaco velho Não meto a mão na cumbuca”
Um samba de Antonio Lopes de Amorim Diniz. A música faz referencia ao apelido do presidente Artur Bernardes (1875-1955), conhecido como Rolinha, governante do país entre 1922 e 1926. Artur Bernardes governou o Brasil entre 1922 e 1926, grande parte desse período em Estado de Sítio. O rolinha reprimiu duramente os movimentos que faziam oposição ao seu governo, dentre eles o movimento anarquista. O samba é uma sátira ao governo e a pessoa de Bernardes.
Antifa - Chasseurs de Skins (Português) | Sinopse: O renascimento do movimento skinhead no início da década de 1980 coincidiu, na Europa, com o crescimento dos partidos de extrema-direita, que se empenhavam em cooptar para suas fileiras jovens da classe operária cuja autoestima havia sido corroída pela crise econômica. Na França, o partido de extrema direita Frente Nacional (Front National - FN), de Jean Marie Le Pen, chegou a obter 20% dos votos, num momento em que a imigração no país atingia o seu auge e os relatos de agressões racistas nas ruas eram diários. Com o lema "a França para os franceses", os fascistas do FN e de outros grupos ainda mais radicais recrutavam seguidores em cada esquina e 99,9% dos skins franceses acabaram cooptados pela extrema-direita, num processo semelhante ao que vinha também ocorrendo em outros países europeus, como a Inglaterra, onde houve uma adesão em massa de skinheads ao National Front e ao BNP (British National Party).
Ao mesmo tempo em que essas gangues manipuladas pelos partidos de extrema direita estavam na iminência de assumir o controle das ruas de Paris, uma forte cena punk/underground se desenvolvia por toda a França. E foi deste caldo de cultura libertário e multiétnico que pulsava nas ruas e nos squats que surgiram as primeiras gangues de Caçadores de Skinheads, dedicadas não apenas à autodefesa em shows e squats, mas, principalmente, a escorraçar as gangues fascistas das ruas.
É a história desse processo de desfascistização das ruas de Paris que Antifa: Chasseurs de Skins conta, explorando também a pré-história do movimento skinhead na França e as primeiras gangues rockers antirracistas, como os As-nays e os Black Panthers, que na década de 1970 enfrentavam gangues de rockers racistas, e que, por sua vez, inspiraram as gangues de Caçadores de Skins propriamente ditas, como os Ducky Boys, os Red Warriors e os Ruddy Fox. Eram gangues multiétnicas, extremamente combativas e fortes, formadas por professores e/ou campeões de alguma arte marcial (Muay Thai, Full Contact, Kung Fu, etc.), como era o caso dos Ducky Boys e dos Red Warriors
"A surge of popular interest in anarchism occurred during the 1970s in the UK following the birth of punk rock. However, while the early punk scene appropriated anarchist imagery mainly for its shock value, the band Crass expounded serious anarchist and pacifist ideas, and went on to become a notable influence in the burgeoning Anarcho-Punk movement.
Many anarcho-punks are supporters of issues such as animal rights, feminism, the anti-war movement, the antiglobalization movement, and many other social movements.
The story of the movement is told by some of the most influential performers, including; Penny Rimbaud (Crass), Colin Jerwood (Conflict), Colin & Kevin (Flux of Pink Indians) Dick Lucas (Subhumans), Zillah Minx (Rubella Ballet), Gary Buckley (Dirt), Steve Lake (Zounds), Mark Wallis (Liberty), Gee Vaucher (Crass), Dave Hyndman (Hit Parade), Rob Millar (Amebix), Rodney Relax (Alternative), Stringy & Snout (Erratics) and Gerard Evans (Flowers in the Dustbin).
The interview footage is laced with both audio and visual music performance, some extremely rare, from the main performers on the scene including - Crass / Conflict / Subhumans / Liberty / Toxic Waste / Chumbawamba / Sacrilege / Inner Terrestrials & many more."
Punks (1984) é um documentário sobre o movimento punk em São Paulo, dirigido por Sara Yaknni e Alberto Gieco. O documentário mostra os punks paulistas e suas dificuldades, revoltas e ideais, a importância da música no universo de suas idéias, entrevistas e imagens de shows de alguns grupos como Ratos de Porão, Inocentes e Fogo Cruzado, e os locais de encontro dos punks em São Paulo.